Perguntas Frequentes
Por que um creme, xampu ou loção manipulado em outra farmácia tinha consistência, cor e cheiro diferentes? Houve erro na manipulação?
As características de consistência, cor e odor de produtos cosméticos são de padronização interna de cada farmácia, podendo ocorrer variação sem alteração da atividade pretendida do produto. Por solicitação do cliente é possível padronizar algumas destas características, por exemplo, a escolha de uma das essências disponíveis, ou ausência de corantes e aromas.
Posso tomar o medicamento se
estiver grávida ou amamentando?
Nestes casos somente sob orientação e supervisão do médico responsável (obstetra e/ou pediatra), para que o risco à saúde do feto/ bebê seja afastado. Caos engravide durante um tratamento informe imediatamente o responsável, para verificar se a suspensão é necessária.
Se a dor estiver forte, posso
aumentar a dosagem?
Não. Alterações na quantidade de medicamento a tomar só podem ser feitas pelo profissional prescritor.
Posso parar de tomar o medicamento
quando me sentir melhor?
O tratamento deve ser seguido pelo tempo recomendado pelo prescritor. A suspensão somente é possível com autorização do profissional responsável pelo tratamento, ou no caso de efeitos adversos que não permitam a continuidade do tratamento.
Posso consumir bebidas alcoólicas
durante o tratamento?
O consumo de álcool interfere no funcionamento hepático, e, portanto, altera o modo como o organismo recebe, distribui e elimina o medicamento. Não se recomenda o uso simultâneo, sendo em alguns casos totalmente vetado, especialmente no caso de produtos que atuem no sistema nervoso central ou no próprio fígado.
O que fazer quando tiver alguma
dúvida em relação ao medicamento?
Procure seu farmacêutico antes de iniciar o tratamento. Se necessário o farmacêutico orientará a procurar o profissional responsável pela prescrição.
Posso repetir a receita quando o
medicamento acabar?
Somente se o prescritor anotar na receita uso contínuo ou receita válida por X meses, e o medicamento não fizer parte do grupo de produtos sujeitos ao controle especial (tarja vermelha e tarja preta). Se não estiver registrado, o farmacêutico poderá fazer contato com o prescritor para verificar a autorização para repetição, registrando na receita a informação recebida. Mesmo as doenças crônicas (pressão alta (hipertensão), diabetes, problemas cardíacos, etc) precisam de acompanhamento mínimo. Por isso, procure o seu médico regularmente para avaliação do quadro clínico e para que ele emita uma nova receita (peça para ele anotar na receita por quanto tempo o remédio deve ser tomado). Existem diretrizes adotadas nas farmácias do SUS, com limitação de validade de 6 meses para tratamentos de doenças crônicas. No programa farmácia popular a validade aceita é de 4 meses.
Como deve ser uma receita para
produto manipulado?
A farmácia não pode manipular um medicamento que tenha sido prescrito com o seu nome comercial (nome do produto industrializado). Também é ilegal a prescrição de fórmulas em códigos (fórmula G-79, por exemplo), pois isto impede o consumidor de exercer o direito de escolha. A receita ou prescrição deve conter obrigatoriamente os seguintes dados: identificação do prescritor; identificação do paciente; composição do medicamento a ser preparado, cada componente com seu nome químico e sua quantidade; total de produto a ser preparado (nº de cápsulas, ou peso, ou volume, ou nº de unidades); orientação de uso para o paciente; período de tratamento (autorizando repetição); carimbo e assinatura do prescritor. Para produtos sujeitos ao controle especial, o link abaixo traz os modelos com dados necessários e forma correta para o preenchimento:
http://anfarmag.comuniclick.com/homologa/files/editor/files/prescritores-habilitados.pdf
Por que, às vezes, a cor e o
tamanho das cápsulas muda para o mesmo medicamento?
As cápsulas são recipientes para o medicamento prescrito, mas não são parte dele. Nem sempre existem cápsulas do mesmo tamanho e da mesma cor disponíveis no mercado. Neste caso podemos colocar o medicamento dentro de cápsulas diferentes, o que não interfere no seu conteúdo e no seu efeito
Por que, às vezes, o número de
cápsulas é o dobro do que o médico receitou?
Eventualmente a quantidade de produto prescrita pode ultrapassar o limite de capacidade da cápsula. O enchimento das cápsulas não permite a compactação dos pós, de forma que ao atingir o limite de volume o manipulador não tem como acrescentar mais pó àquela cápsula. Assim quando o volume de pó necessário à produção do medicamento excede o limite de uma unidade de cápsula é necessário o fracionamento da dose, de forma que toda a quantidade prescrita esteja disponível para ser tomada pelo paciente, ainda que em mais de uma cápsula. Se isso acontecer, o cliente é orientado sobre o número de cápsulas necessário para que a dose seja completa.
Por que existem diferenças de preços entre as farmácias de manipulação?
A diferença de preços está relacionada principalmente à diferença de custos entre as empresas. Não existe regulamentação ou tabelamento de preços para produtos magistrais. A estrutura de produção da farmácia, junto com o cumprimento de todas as exigências determinadas pela legislação sanitária que vão determinar o custo final, bem como os serviços oferecidos pela empresa: atenção farmacêutica durante todo o horário de funcionamento da farmácia.
É possível manipular qualquer
medicamento?
Não. Existem alguns produtos que não estão à disposição das farmácias de manipulação, assim como existe a limitação da farmácia em relação a algumas formas farmacêuticas. Hoje temos uma variedade de formas farmacêuticas disponíveis, como cápsulas, xaropes, suspensões, gomas, sopas, chocolates, efervescentes, saches, cremes, loções, géis, xampus, condicionadores, pó facial, protetores solares, produtos odontológicos, suplementos alimentares e fitoterápicos
O remédio manipulado é confiável?
Sim. A matéria prima que utilizamos na manipulação é adquirida dos mesmos distribuidores que fornecem para a indústria farmacêutica. Toda matéria prima utilizada na farmácia de manipulação é obrigatoriamente acompanhada do laudo de análise do fabricante. Além disso, a farmácia tem o seu laboratório próprio de controle de qualidade, garantindo as fórmulas que manipula. Por outro lado, a farmácia é fiscalizada pela Vigilância Sanitária que verifica o cumprimento das normais preconizadas pela ANVISA, das Boas Práticas de Manipulação.